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Memória Ocular em debate
sobre fotografia e política

Quando recebemos o convite da Fundação Rosa Luxemburgo, pestanejamos. Eles estavam organizando o lançamento do livro Cidade em jogo, com belíssimas fotografias das remoções forçadas, da violência do Estado e da resistência popular à gentrificação provocada no Rio de Janeiro durante a preparação da cidade para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Cada clique uma denúncia poderosa.

As imagens foram produzidas por fotógrafos populares, que desenvolvem outro tipo de relação com as pessoas, as realidades e as comunidades que se propõem a retratar. Esse foi o tema central do debate “A fotografia como olhar político”, realizado na noite do dia 21 de julho para apresentar o livro na cidade de São Paulo.

O que a Editora Elefante tem a ver com isso? Há pouco mais de um mês, publicamos Memória Ocular, de Tadeu Breda, que conta a história de Sérgio Silva, fotógrafo dedicado à cobertura de movimentos sociais e autônomos que, devido ao seu trabalho nas ruas, foi atingido por uma bala de borracha da Polícia Militar e perdeu o olho esquerdo. Isso ocorreu em 13 de junho de 2013, dia da grande repressão às jornadas de junho em São Paulo.

Memória Ocular aborda a vida de Sérgio Silva e a violência policial contra manifestações a partir de sua perspectiva — a perspectiva de alguém que, ao mesmo tempo, é uma vítima do Estado e registra fotograficamente o drama de pessoas que, como ele, também são vítimas do Estado.

A Fundação Rosa Luxemburgo incluiu Sérgio Silva e Tadeu Breda na conversa com Luiz Baltar, um dos fotógrafos cariocas responsáveis por Cidade em jogo. O resultado foi o bate-papo que vai abaixo, na íntegra, com mediação de Verena Glass. A gravação é obra da Rádio Popular.

 

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