Corumbiara, caso enterrado será vendido com descontão em Rondônia

Durante eventos pelo estado, ao longo de setembro, decidimos bancar o custo do frete como forma de retribuir à mobilização de muitas pessoas em prol de nosso livro-reportagem

Amigas e amigos de Rondônia, vocês têm sido tão gente boa conosco que resolvemos dar uma boiada. Esta semana, pousamos no estado para uma série de debates, entrevistas, palestras. Durante estes eventos, Corumbiara, caso enterrado será vendido sem o preço de frete. Nós, da Editora Elefante, decidimos retirar o custo do transporte dos livros de São Paulo a Vilhena para garantir que o trabalho seja acessível a ainda mais gente. Com isso, o valor cai de R$ 37 para R$ 30 – e com direito a uma dedicatória do autor.

Esta é uma das maneiras que encontramos para retribuir o imenso carinho, interesse e engajamento que muitas pessoas vêm demonstrando nas redes sociais, nos e-mails, nas conversas por telefone. Há um tantão de gente mobilizada para garantir belos momentos em nossa passagem pelo estado – e para difundir o livro entre os leitores e as leitoras rondonienses.

Não faltarão oportunidades para adquirir um exemplar economizando uns caraminguás. Ao longo dos próximos quinze dias, serão 15 eventos espalhados por oito cidades: Vilhena, Colorado do Oeste, Cacoal, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Ariquemes e Porto Velho. Debateremos o livro-reportagem sobre o chamado “massacre de Corumbiara” com professores, estudantes, advogados, historiadores, jornalistas e quem mais se interesse por esse trabalho: o mais completo já publicado sobre o conflito agrário que entristeceu o Cone Sul de Rondônia em agosto de 1995.

Sempre haverá quem diga que R$ 30 ainda é muito caro. Se dependesse apenas de nós, presentearíamos com este livro todo mundo que quisesse. Mas, infelizmente, há prejuízos a saldar. Como calculamos o preço de Corumbiara, caso enterrado? Somamos o valor da impressão aos gastos que tivemos até o primeiro lançamento, em 20 de julho, em São Paulo. Desconsideramos totalmente aquilo que investimos no processo de apuração porque isso deixaria o preço muito mais alto. E chegamos à conclusão de que R$ 30 seria razoável para equilibrar a necessidade de pagar os custos da tiragem de mil exemplares e as possibilidades econômicas dos leitores.

Comprar nosso livro-reportagem não é apenas um ato individual de quem tem interesse em saber mais sobre o chamado “massacre de Corumbiara”. Trata-se também de ajudar a sustentar coletivamente uma iniciativa voltada ao fortalecimento do mercado editorial independente brasileiro. Se cada um coloca R$ 30 nessa história, não fica pesado pra ninguém e garantimos o lançamento de outros títulos sobre temas tão relevantes e tão esquecidos quanto este. E a Editora Elefante já está trabalhando em novos livros.

É certo que nossas iniciativas não têm o apelo comercial de um Paulo Coelho, de um Harry Potter, de um 50 tons de cinza. Ainda bem que é assim. Mas tudo o que publicamos tem um inegável valor cultural, artístico, jornalístico e de defesa do interesse público. Vender um livro-reportagem deste tipo a R$ 60 seria, portanto, contraditório com nosso objetivo de fazer com que as ideias voem longe, com que nosso trabalho seja usado, abusado e reproduzido, com que cada vez mais gente desperte para o desapegar de estruturas envelhecidas, que já não dizem nada sobre nossas verdadeiras necessidades.

Aproveite que estamos bonzim demais. Esta semana, encontramos vocês em Vilhena e em Colorado do Oeste. Bora lá!

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