Corremos, cansamos, em alguns momentos quase surtamos, mas, finalmente, chegou. Corumbiara, caso enterrado deixou hoje a gráfica, aqui em São Paulo, e começou a rodar o país. A equipe da Editora Elefante está muito feliz por concluir o processo de edição de seu terceiro lançamento. Desde o começo do ano, foram muitas horas de conversas, leituras, desenvolvimento de projeto e resolução de detalhes. Enfim, estamos prontos para colocar para circular mais um trabalho.

Com isso, está oficialmente aberta a venda do livro-reportagem de João Peres e Gerardo Lazzari, que será enviado a qualquar parte do país, com custo de R$ 30 mais frete fixo de R$ 7. A compra pode ser feita na própria página da Editora Elefante, nos sistemas PayPal e PagSeguro, ou pelo Outros Livros, nosso parceiro, com pagamento por boleto. Quem havia feito a aquisição na fase de pré-venda receberá o livro nos próximos dias. A todos os que se interessaram por Corumbiara, caso enterrado logo de cara, nosso muitíssimo obrigado pela confiança.

Para nós, a sensação de dever cumprido vem em dose dupla. De um lado, por encerrar a fase de edição do trabalho. De outro, e mais importante, porque queremos, dentro das nossas limitações, ajudar a resgatar um episódio relevante para tentar entender o Brasil violento, desigual, injusto. O livro-reportagem tem como centro a história do episódio conhecido como “massacre de Corumbiara”, ocorrido no sul de Rondônia em 9 de agosto de 1995 – prestes, portanto, a completar vinte anos.

Durante reintegração de posse na fazenda Santa Elina, em Corumbiara, doze pessoas morreram, segundo os números oficiais. Cinco anos mais tarde, doze policiais e dois sem-terra foram levados a julgamento. Saíram condenados os dois posseiros, dois soldados e um oficial. O caso nunca foi dado por encerrado. O pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos por novos processos de apuração e júri nunca foi respondido. No ano passado, o Tribunal de Justiça de Rondônia rejeitou solicitação de indenização às famílias afetadas pelo conflito. São essas e outras questões que queremos ajudar a debater.

Se quiser saber um pouco mais, pode ler o primeiro capítulo, que traça um resumo dos fatos envolvendo o caso da Santa Elina. Ou ir direto para um dos pontos quentes do livro-reportagem, no capítulo que narra a trajetória de um fazendeiro acusado de bancar um exército de pistoleiros que atuou na cena do conflito.

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